O Fim da Escala 6x1: Uma Transformação Necessária e Desafiadora
- Andressa Wulf

- 3 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 4 de ago.

Você já parou para pensar como seria trabalhar seis dias seguidos e ter só um de folga, toda semana, durante meses, anos? Pois é. Esse é o ritmo da escala 6x1, usada em muitos setores aqui no Brasil, principalmente em áreas que não podem parar, como comércio, saúde e segurança. Agora, surge a discussão: e se acabassem com essa escala? Que diferença isso faria?
Primeiro, vamos aos pontos positivos.
Sem dúvida, ter um dia a mais de descanso ajudaria muita gente a levar uma vida mais tranquila. Com mais tempo de folga, as pessoas conseguiriam descansar de verdade, passar um tempo com a família, cuidar da saúde e até colocar a cabeça no lugar. Isso, no fim das contas, pode transformar a qualidade de vida e até a forma como se encara o trabalho. Menos estresse, mais equilíbrio.
E tem mais: trabalhadores descansados são, normalmente, mais produtivos. Imagine alguém voltando ao trabalho com as energias recarregadas, a mente renovada e o corpo mais leve. A chance de esse profissional cometer menos erros e ter um desempenho melhor é muito maior. Ou seja, além do benefício para o trabalhador, a empresa também sairia ganhando com uma equipe mais motivada e eficiente.
Mas nem tudo é tão simples assim.
Existem desafios, e eles não são pequenos. Para setores que precisam manter o funcionamento contínuo, como hospitais, a mudança exigiria ajustes. Afinal, se cada funcionário ganha mais dias de descanso, alguém vai precisar cobrir as folgas.
E aí temos as pequenas empresas, que podem sofrer com o aumento dos custos. Uma pequena padaria ou loja de bairro, que já luta para fechar as contas, teria que se reorganizar para arcar com possíveis contratações ou horas extras para dar conta das folgas adicionais. É uma conta que nem sempre fecha.
No fundo, o fim da escala 6x1 traz uma proposta de vida mais equilibrada, onde o trabalho se encaixa na vida e não o contrário. Mas, como toda transformação grande, ela precisa ser feita com cautela. Diante disso, talvez a melhor saída seja uma transição gradual. Não precisa ser tudo de uma vez; a mudança pode acontecer aos poucos, em forma de teste, para entendermos os efeitos e ajustarmos onde for necessário.





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